História
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A freguesia de Mendiga situa-se num vale de planalto, definido por duas fiadas de serranias: a nascente, a Serra D´Aire, e a poente a Serra dos Candeeiros. Este vale com montante em Serro Ventoso e jusante em Alcanede, tem um afundamento a meio por altura dos lugares de Mendiga e da Marinha da Mendiga, no prolongamento igualmente afundado da faixa do Arrimal. A altitude da sede de freguesia é de aproximadamente 300 metros, tendo a serra da Mendiga uma altitude aproximada a 550 metros.
Segundo tradição oral, no início do povoamento de Mendiga havia apenas três casas, uma no mouchão do Bento, outra no Cadimo e outra na Cabeça. Nelas teriam habitado alguns mendigos, dando origem ao nome da localidade sede da freguesia: MENDIGA. A ser assim, teriam antecedido os primeiros quinze albergueiros, entre os quais se contavam D. David e Dª Aldora, que por carta de D. Afonso Henriques receberam privilégio de apenas pagar dizimo à Igreja, contra o encargo de darem pousada, candeia, fogo, água e estrebaria de graça aos caminhantes e mendigos que por ali passassem, pois naquela época vivia-se uma importante fase da Reconquista Cristã, em que Mendiga era um ponto estratégico. Esta carta de privilégio foi confirmada por quase todos os Reis.
A Mendiga foi desanexada da Colegiada de S. João por alturas de 1525, por determinação do Arcebispo de Lisboa, Cardeal – D. Afonso, tendo sido elevada a freguesia alguns anos mais tarde.
Pertenceu à Comarca de Leiria em 1839, tendo sido integrada na Comarca de Porto de Mós por volta de 1884. Por supressão do concelho de Porto de Mós, esteve anexada ao concelho de Alcobaça, de 1895 a 1898.
O lugar de Mendiga foi eletrificado em 1960, o da Marinha da Mendiga em 1971 e os da Bemposta e Cabeça Veada em 1976.
É uma freguesia de fracos recursos agrícolas, pelo que é recorrendo à extração de pedra, em pedreiras e a outra atividades por conta de outrem, para além de alguns estabelecimentos locais, que se baseia a economia da comunidade local.
Existem três associações culturais e recreativas, cada uma com sede própria, uma em Mendiga, outra em Cabeça Veada e outra em Marinha da Mendiga, que são utilizadas para bem dos sócios e população em geral.
Junto à sede da associação de Cabeça Veada encontra-se um palco com um painel de azulejos alusivo a todas as fases da sementeira do milho.
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