Peça do Mês de Abril

FÓSSIL DE TARTARUGA

Datação: entre 157 milhões e 300 mil e 152 milhões e 100 mil anos atrás
Proveniência: Cabeça da Vaca, freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós
Doador: Adolfo Correia Carvalho
Morada do doador: Alqueidão da Serra - Porto de Mós
Data de Entrada: 23/06/1989
Número de Inventário: 37

É o fóssil de tartaruga mais antigo registado em Portugal e é nosso, encontrado na freguesia de Alqueidão da Serra. Um achado que nos confirma a importância do nosso município na rota paleontológica e que escolhemos evocar no mês de abril, associando-nos à comemoração do próximo dia 22 "Dia Mundial da Terra”. Este dia, criado pelo senador norte-americano Gaylord Nelson, mais do que uma efeméride, foi criado pela finalidade de consciencializar os problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra.

É dessa tomada de consciência que surgiu a doação do fóssil referido e que permite que os visitantes possam observar com detalhe aquele registo.
Quanto ao fóssil podemos explicar que ele está atribuído à idade da época Jurássica Superior da era Mesozóica do éon Fanerozóico que está compreendida entre 157 milhões e 300 mil e 152 milhões e 100 mil anos atrás.

O resultado científico do seu estudo foi publicado na Taylor & Francis, a revista cientifica de paleobiologia, Historical Biology, 2017, como este exemplar fóssil vem de uma Oxfordiano (neojurássica) de sucessão carbonato superior. Esta é a amostra mais antiga de uma tartaruga identificada em Portugal. O recorde de tartarugas da época Jurássico identificadas em níveis europeus de pré-Kimmeridgian são muito escassos. O novo espécime é identificado como um membro do clado de basal Eucryptodira Plesiochelyidae (clade Plesiochelyidae - família extinta de tartarugas na subordem Cryptodira).

O “Dia Mundial da Terra” é também um dia de consciencialização no travar a extinção das espécies, e o desaparecimento visual da sua existência. Todos nós, quando nos deparamos com um fóssil, algo vulgar no nosso território devido à sua composição, devemos estar atentos e preservar.