Peça do Mês Junho
área de conteúdos (não partilhada)Descrição: PIETÁ
Proveniência: Alqueidão da Serra, Porto de Mós
Material: Barro Refractário
Datação: 1989
Autor: Francisco Jorge Furriel
Sabemos que Junho é um mês fundamental para as gentes de Porto de Mós, com o seu auge no dia 29, onde se celebra o orago S. Pedro, que dá mote às Festas da vila. E que é “responsável” por atrair milhares de pessoas às nossas já famosas tasquinhas, exemplo de festividade ímpar na nossa região. Junho é, como sabemos, o mês dos Santos Populares, de que é exemplo o S. Pedro, sendo por isso um mês de festa do povo, onde a cultura, a tradição e a religião se unem.
Mas este mês e o dia em particular, tomam para o Museu Municipal de Porto de Mós especial importância, pois foi neste dia, há 30 anos que o Museu foi inaugurado. Um feito que, como sabemos, muito se deve ao seu fundador, Francisco Jorge Furriel, falecido em 18 de Janeiro de 2014, mas cuja obra permanece.
Este ilustre natural de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, foi um apaixonado pelo nosso concelho, estudioso, autodidacta das ciências naturais, escultor, desenhador, pintor e escritor. E foi o principal impulsionador da criação do Museu, como celebração do nosso valor coletivo, seja pela nossa riqueza histórica, seja pela evolução geológica, social, agrícola, industrial e económica da vila forte.
É por isso natural que tenhamos escolhido apresentar como peça do mês, uma das nossas obras da autoria do fundador. A peça selecionada foi executada precisamente no ano de 1989, um ano especial para o autor, pois via realizado um dos seus sonhos com a abertura do Museu, para salvaguarda do património cedido pelas gentes do concelho.
A peça é uma pietá, tema da arte cristã, que representa Jesus Cristo, depois de crucificado, nos braços de sua mãe, a Virgem Maria. Uma mãe que lhe deu vida e o acolhe também nos seus braços na hora em que o Filho abraça a vida eterna, que celebramos também na época dos Santos padroeiros. Quanto à arte, ela é a imortalidade de quem a executa, história viva da vivência e do saber.
Tendo consciência da necessidade da preservação de testemunhos de vivências e de transformações, ao longo destes 30 anos o Museu tem vindo a enriquecer o seu espólio museológico através de doações, quer por parte dos filhos da Terra (Portomosenses), quer por amigos empenhados na preservação de testemunhos e valores do passado. Em paralelo, desenvolvemos estudos científicos do seu acervo e a divulgação das obras e sua preservação. Convidamos a que todos, neste mês de Junho, possam a partilhar o convívio das festividades e a observação da herança histórica do nosso acervo no Museu - AO SERVIÇO DA CULTURA.