Peça do mês de dezembro
área de conteúdos (não partilhada)Chegamos ao final do ano, sem dúvida o mais atípico de todos os anos das nossas vidas. Por isso, este dezembro de 2020 é, além do mês que associamos ao Natal, um mês muito especial para todas as famílias. E que melhor imagem de família poderíamos evocar do que o presépio? Partindo desta temática cristã (e amplamente universalizada) foi no ano de 1990 que em Porto de Mós se deu início à Exposição e Concurso de Presépios. À época foi uma iniciativa do senhor Francisco Jorge Furriel (19/10/1925 – 18/01/2014), que era então Diretor do Museu Municipal. 30 anos depois a iniciativa continua. Todos os anos se apresentam a concurso e exposição obras únicas e de múltiplas criatividades.
Para comemorarmos este trigésimo aniversário, apresentamos o presépio que esteve patente na primeira exposição, da autoria de Maria Antónia Vaz Teixeira Afonso, que partilha um testemunho sobre aquele tempo:
E, nas palavra da autora deste presépio em destaque, a mensagem que deixamos neste Natal é a de Paz em família. Como seres humanos não devemos esquecer “… a beleza não reside na igualdade, mas na diferença.”
FELIZ NATAL 2020
O MEU PRESÉPIO
Através da responsável pelo museu de História Natural de Porto de Mós D. Luísa Machado, tomei conhecimento que o meu presépio, pertence à primeira edição – concurso/exposição de presépios – realizada em Dezembro de 1990, e iria ser considerado o presépio do Mês de Dezembro do corrente ano de 2020.
Passaram 30 anos.
Foi com surpresa e alegria que que recebi esta informação.
Agora recordo, que fui convidada pelo então responsável pelo Museu, Sr. Francisco Furriel – fundador do museu em conjunto com o executivo Municipal ,que recolheu grande parte do espólio que se encontrava abandonado, perdido, e disperso pelo concelho – uma vez que sabia da minha formação e intuição pela arte.
Hoje olho para o presépio, tem uma configuração exterior original, com materiais naturais, onde a beleza não reside na igualdade, mas na diferença.
Ele transmite a mensagem do Natal – a Paz, a Família, o ser Humano, que afinal somos todos.
Finalmente direi, que a semente que deixei no Museu à 30 anos, cresceu no tempo, mantém-se viva, desejando que a edição do corrente ano seja um êxito.
Maria Antónia Gomes Afonso