Espetáculo de Marionetas “Aljubarrota 1385 - a Batalha”
área de conteúdos (não partilhada)Com a morte do rei D. Fernando em 1383, o Tratado de Salvaterra de Magos, celebrado em abril desse ano entre a rainha D. Leonor Teles, o Conde João Andeiro e o Rei de Castela, estabelece que a Coroa de Portugal passaria a pertencer aos descendentes do Rei de Castela, D. Juan I, passando a capital do Reino para Toledo. O Reino de Castela iria inevitavelmente dominar Portugal.
A situação que se cria provoca mal-estar e não agrada à maioria da população portuguesa. Este desejo de alterações foi, então, facilitado pelo facto de D. Leonor Teles e os seus aliados defenderem uma solução política para Portugal, não só discutível legalmente, como claramente do desagrado da grande maioria da população portuguesa. Em face desta circunstância, a população de Lisboa proclama D. João, Mestre de Avis, meio irmão de D. Fernando, como "regedor, governador e defensor do reino". Perante a revolta da população portuguesa em vários pontos e cidades do Reino, o Rei de Castela, em 1384, entra em Portugal. Entre fevereiro e outubro monta um cerco a Lisboa, por terra e por mar, com o apoio da frota castelhana. O cerco não resulta, não só pela determinação das forças portuguesas, mas também por Lisboa estar bem murada e defendida.
Afastados momentaneamente os combates com Castela, o partido do Mestre avançou, então, para a batalha política. Reúnem-se, assim, em março e abril de 1385 as Cortes de Coimbra, que proclamam o Mestre de Avis como Rei de Portugal. Perante esta situação em 8 de julho de 1385 D. Juan I, invade novamente Portugal, por Almeida, com um numeroso exército de 40.000 homens, seguindo depois por Trancoso, Celorico da Beira, Coimbra, Soure e Leiria. A esquadra castelhana havia, entretanto, cercado Lisboa por mar, desde abril desse ano. O exército português, comandado por Nuno Álvares Pereira, tinha-se colocado em posição de combate. A Batalha tinha-se tornado praticamente inevitável.
No dia 14 de agosto, logo pela manhã, o exército de D. João Mestre de Avis ocupa uma posição fortíssima no terreno, escolhido na véspera por Nuno Álvares Pereira.
No campo de batalha, as baixas portuguesas foram cerca de 1.000 mortos, enquanto no exército castelhano se situaram em aproximadamente 4.000 mortos e 5.000 prisioneiros.
O cumprimento de uma promessa feita por D. João I Mestre de Avis, em agradecimento pela vitória em Aljubarrota, que lhe assegurou o trono e garantiu a independência de Portugal, resultou na excecional edificação do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, também designado Mosteiro da Batalha que é, indiscutivelmente, uma das mais belas obras da arquitetura portuguesa e europeia.
Para Portugal, esta batalha, ocorrida no planalto de S. Jorge no dia 14 de agosto de 1385, constituiu um dos acontecimentos mais decisivos da sua História. Sem ela, o pequeno reino português teria, muito provavelmente, sido absorvido para sempre pelo seu poderoso vizinho castelhano. A vitória portuguesa em Aljubarrota permitiu também a preparação daquela que seria a época mais brilhante da história nacional - a época dos Descobrimentos - que, de outra forma, pura e simplesmente não teria ocorrido.
Equipa Artística:
- Ideia original, dramatização, encenação e manipulação | José Manuel Valbom Gil, Natacha Costa Pereira e Sofia Olivença Vinagre
- Desenho | Natacha Costa Pereira
- Figurinos | Sofia Olivença Vinagre
- Construção das marionetas e elementos de cena | S.A.Marionetas
- Produção | Sofia Olivença Vinagre | S.A.Marionetas
17h00
Gratuito.
Para maiores de 3 anos.
Bilheteira: https://linktr.ee/cmpm_cultura