Peça do Mês de Outubro
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Denominação: Fragmento de Granada
Datação: 1910
Matéria: Metal (base em madeira)
Doador: Coronel António Maria Almeida Bivar de Sousa
N.º de Inventário: 2089
O próximo dia 5 de Outubro é, como sabemos, um dos dias mais importantes da nossa identidade como País: comemora-se nesse dia a implantação da República. Tendo sido há 112 anos que Portugal deixou de ser uma monarquia. A mudança, que vinha sendo anunciada, aconteceu na sequência de um golpe de Estado. Recorde-se que, dois anos antes, em 1908, tinham sido assassinados o Rei D. Carlos e o príncipe herdeiro. Tendo-lhe sucedido D. Manuel II, o descontentamento popular continuou. Os gastos da família real, a instabilidade social e a posição inferior do país no plano da política internacional eram alguns dos principais pontos de ruptura com o regime Monárquico, que levavam a que muitos portugueses não concordassem que o país continuasse a ser governado pela monarquia. À força dos apoiantes do republicanismo juntou-se a relutância do exército em combater os cerca de dois mil soldados e marinheiros que se revoltaram entre 3 e 4 de outubro de 1910. A República foi proclamada às 9 horas da manhã do dia seguinte, da varanda dos Paços do Concelho de Lisboa. Após esta revolução, dá-se a governação através de um governo provisório chefiado por Teófilo Braga, que dirigiu o país até à aprovação da Constituição de 1911. Foi aqui que teve início à Primeira República, levando no imediato à substituição dos símbolos nacionais, nomeadamente o hino nacional, a bandeira e a moeda.
De forma a celebrar este importante acontecimento histórico português, apresentamos um fragmento de granada de 15cm atirada pelo São Rafael, um cruzador português (construído em Havre - França e lançado à água em 5 de julho de 1898, deslocando 1800 toneladas), contra o Palácio das Necessidades em 04 de outubro de 1910. Este lançamento resultou no corte da adriça e fez cair o pavilhão real, o que foi tomado como sinal de rendição.
Um instrumento bélico, que não pode ser ignorado, sendo símbolo de conflito mas também de luta por direitos e ideais, quando o poder da palavra se revela insuficiente.
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