Apresentação do filme 'O Último Oleiro'
área de conteúdos (não partilhada)O último Oleiro (The last Potter), documentário realizado e produzido pelo cineasta Fábio Oliveira, original de Santo Tirso, Porto, está nomeado para uma dezena de festivais internacionais de cinema, incluindo na Suécia, França, Índia, Ucrânia e Itália.
O documentário retrata a história do oleiro José Alves e da sua olaria de barro vermelho na freguesia de Pedreiras, concelho de Porto de Mós, distrito de Leiria. Onde antigamente havia uma centena de oleiros na freguesia, agora resta apenas um, o José.
O trabalho de Fábio Oliveira estreia dia 6 de Novembro na mostra de cinema Português “Entre Olhares” no cineclube do Barreiro, Lisboa.
Faz também parte da seleção oficial do festival de cinema “Midnight Soul Film Festival” na cidade de Luleå, Suécia, onde será projectado dia 11 de novembro. O filme conta atualmente com 10 seleções para festivais de cinema em países como Turquia, Ucrânia, Índia e Itália. Está também nomeado para “Melhor curta-metragem Documental” no Cannes Short Film Festival.
Realizador Fabio Oliveira diz que a ideia deste trabalho partiu de várias visitas à olaria na aldeia da sua esposa: “Tenho por hábito comprar os meus tachos e travessas a um oleiro muito apaixonado pelo seu trabalho numa pequena aldeia em Portugal, que durante uma das minhas visitas me disse que hoje em dia mais ninguém quer aprender a sua arte. Foi depois desta conversa que decidi que devia fazer o filme “O último Oleiro” de maneira a honrar esta tradição e a sua arte, documentando o seu trabalho e a história da sua família.”
O documentário conta com banda sonora de músicos da região, incluindo participações do jovem artista Joel Madeira e do Rancho Folclórico das Pedreiras.
Os oleiros de barro vermelho tornaram famosa a Freguesia de Pedreiras no distrito de Leiria. A sua loiça está para sempre ligada à cozinha tradicional Portuguesa. Onde antigamente havia uma centena de oleiros na freguesia, agora resta apenas um.
DECLARAÇÃO DO REALIZADOR
Desde criança que cozinhar sempre foi uma das minhas maiores paixões. Lembro-me de estar na cozinha a ver a minha mãe e avó a utilizar as travessas e tachos feitos de barro vermelho.
Quando fui morar para o Reino Unido, levei comigo estes utensílios tradicionais portugueses, para que a minha comida soubesse um pouco a casa.
Tenho por hábito comprar os meu tachos e travessas a um oleiro muito apaixonado pelo seu trabalho numa pequena aldeia em Portugal, que durante uma das minhas
visitas me disse que hoje em dia mais ninguém quer aprender a sua arte.
Foi depois desta conversa que decidi que devia fazer o filme “O último Oleiro” (The last Potter) de maneira a honrar esta tradição e a sua arte, documentando o seu
trabalho e a história da sua familia.
Este documentário foi um desafio, pois eu não sou natural daquela região. Como tal, não conheço muita gente na zona. Contei com a ajuda da minha mulher Jessica Fino Oliveira e do meu sogro Saúl Fino, que são desta região, e que me ajudaram a contactar as pessoas certas e a ir aos locais certos.
No final, este projecto foi o resultado de uma nova família que se juntou para fazer um documentário sobre o trabalho de uma vida de uma outra família.
21h30