Peça do mês de Maio
área de conteúdos (não partilhada)Denominação: Traje / Traje utilizado no Rancho Infantil de Porto de Mós
Datação: 1964
Material: Têxtil
Nº inventário: 1754
Doadora: Maria Rino dos Santos
O saber de um povo está, muitas vezes, encerrado no seu folclore. Foi esta a premissa que levou à criação do Dia Nacional do Folclore Português, para assim se salvaguardar e celebrar o conhecimento popular e as tradições. Em Portugal esta data foi instituída pela Assembleia da República no ao de 2015 e passou a celebrar-se no último domingo de maio. Este ano será no próximo dia 26 de maio que se comemora o Dia Nacional do Folclore Português. Falar de folclore é falar de um género da cultura de origem popular na qual se representa a identidade social de uma comunidade através de atividades culturais, patentes, na música, na dança, nas temáticas e no próprio vestuário. Será pois uma data perfeita para recordar o portomosense Arménio Marques (26-05-1920 – 06-12-1985). Nascido há 104 anos no sopé do monte do nosso castelo, foi um homem que muito ofereceu de si ao desenvolvimento das atividades culturais. Esteve ligado no desporto – dos 13 aos 25 anos foi guarda redes, considerado o melhor do distrito de Leiria; esteve ligado aos Bombeiros, onde foi organizador, animador e ensaiador de Bailes, festas, espectáculos e representações teatrais; teve ligações ao teatro, onde organizou, representou, ensaiou e escreveu peças; e foi fundador do Rancho Infantil de Porto de Mós. De forma a comemorarmos esta data, apresentamos como peça do mês, um dos trajes que foi usado por um dos membros do Rancho Infantil de seu nome Graça (sobrinha do Senhor Arménio). Como nos dizia em 1983 o jornal “O Portomosense”, nº16: Este rancho surgiu precisamente pelo carinho do Sr. Arménio Marques pelos miúdos, o seu jeito para com eles tratar, os conduzir e lhes conquistar a confiança, levou-o a criar o Rancho Infantil de Porto de Mós, por meados dos anos 60, iniciativa que contou com a colaboração do Adriano Baptista Santos, António Henriques da Silva e, na parte musical, de um grupo de filarmónicos da Banda Recreativa Portomosense. Não se tratou, rigorosamente, de um rancho folclórico, pois houve a preocupação de escolher peças simultaneamente inspiradas na tradição e no gosto infantil. Os trajes porem, marcava-os mais autenticidade regional. Durante os anos da sua existência, este simpático grupo coreográfico exibiu-se muitas vezes, com quentes aplausos e encomiásticas referências da imprensa e de testemunhos escritos e orais, não só em Porto de Mós, como em Leiria, Vila Nova de Ourém e outras terras onde se deslocou, levando com ele o nome e a simpatia de Porto de Mós. Na atualidade Porto de Mós continua a ser um concelho de tradições e de vivo folclore, nomeadamente com a existência dos seus quatro Ranchos nas localidades de Arrimal, Cabeça Veada, Mira de Aire e Pedreiras.