Peça do Mês de Fevereiro

Denominação: Garrafão

Datação: Último quartel do séc. XIX

Material: Cerâmica de barro vermelho vidrada

Capacidade (l): 15

Nº inventário: 2737

Doador: Adelino Augusto da Mota Marques

Aquilo que hoje é um gesto quase banal, abrir a torneira de nossas casas e ter água, potável e boa para todo o tipo de consumo é uma realidade relativamente nova na nossa história. Eventualmente ainda nos lembramos das casas dos nossos avós, mais afastadas da Vila, em que não era assim. Ou ouvimos contar histórias de outros tempos em que água não jorrava das torneiras. E também isso que evocamos nesta peça do mês de fevereiro, em que apresentamos um garrafão de cerâmica. Uma peça com uso em todos os meses do ano, cuja principal funcionalidade era a de armazenar e acondicionar água potável. Em muitos casos, como sabemos, o seu uso não se restringia a uma única funcionalidade, embora guardar a água fosse o mais comum. No entanto, este garrafão podia ser utilizado para outros líquidos como azeite, vinho, aguardente, entre outros.

Tratando-se de cerâmica, é frágil ao choque físico, o que faz com que, estando a uso, alguns exemplares se perdessem. Neste caso, pela ausência da marca do oleiro nas peças de olaria, não podemos precisar o local de execução, embora a cerâmica do barro vermelho seja uma marca identificadora do concelho de Porto de Mós.

É importante haver peças deste tipo, como peças comparativas do material utilizado à época de execução, por oposição ao que é utilizado nos dias de hoje para acondicionamento de água potável. Sempre sem esquecer que a água é uma das maiores riquezas que temos neste planeta e que é ela que permite a nossa vida, agora e nas gerações futuras, merecendo o nosso máximo cuidado.

Museu Municipal de Porto de Mós