Mira de Aire comemora 50 anos do Projeto de Interseção da Galeria Inundada e da Construção da Captação do Olho de Mira de Aire
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No passado dia 22 de dezembro de 2018 a Sociedade Portuguesa de Espeleologia e a Câmara Municipal de Porto de Mós comemoraram os 50 anos do Projeto de Interseção da Galeria Inundada e da Construção da Captação do Olho de Mira de Aire.
A cerimónia decorreu em Mira de Aire, junto ao Olho de Mira de Aire e contou com a presença da Vereadora da Educação, Ação Social, Saúde e Juventude da Câmara Municipal de Porto de Mós, Telma Cruz, de Cristina Lopes, Presidente da Sociedade Portuguesa de Espeleologia, do Professor Dr. Carlos Almeida e da Dra. Ilda Calçada, da Sociedade Portuguesa de Espeleologia, do Eng. Batista, fundador da Lavandaria do Olho e de Manuel Vasco, Silvino Jorge e Ricardo Constantino, que participaram nos trabalhos de abertura da galeria.
O Olho de Mira de Aire começou a ser explorado, por iniciativa privada, para o abastecimento de algumas unidades industriais, nomeadamente, a Fábrica dos Tapetes Vitória, a Sociedade Industrial, a Fiandeira de Mira de Aire e a Lavandaria do Olho.
Até então todas as fábricas tinham grandes cisternas para a recolha de águas pluviais mas chegou-se à conclusão que as mesmas eram insuficientes. Por isso, a captação de água no Olho de Mira de Aire foi uma inovação na altura mas que ocorria de forma muito rudimentar, uma vez que consistia em bombear água da galeria natural, o que implicava frequentes deslocações do grupo de bombas para acompanhar as descidas e subidas do nível. Por volta de 1964 a gruta foi intervencionada pela Câmara Municipal com o objetivo de abastecer as povoações locais projetando-se a extração de um volume diário de 5000 m3 de água.
Passado pouco tempo concluiu-se que o método adotado não era eficaz devido ao grande número de avarias provocadas pela subida turbulenta das águas que arrastavam consigo grandes massas de lama, areia e calhaus, bem como devido ao traçado sinuoso da gruta que não ajudava no assentamento das condutas elevatórias.
A solução encontrada para o problema da extração da água da gruta do Olho de Mira foi a construção de um poço que intersetasse a parte da galeria inundada, solução que hoje, passados 50 anos, ainda persiste.
Foi neste contexto que foram homenageados, nesta cerimónia, todos os trabalhadores e em particular Pedro Lopes Paradela, Álvaro Vilar Moreira e Jorge Whytton, da Sociedade Portuguesa de Espeleologia, pelo contributo tão importante no desempenho das suas funções.
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