Seminário 'Envelhecimento Ativo. Que presente, que futuro?' foi um êxito
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Ainda que pouco se tivesse falado de crise no 1º Seminário sobre envelhecimento, organizado pela Santa Casa da Misericórdia de Porto de Mós, em parceria com a Associação Amigos da Grande Idade – Inovação e Desenvolvimento, falou-se profundamente em sustentabilidade do sistema social e das dificuldades que se avizinham para o futuro das pessoas com mais de 65 anos de idade.
Foi dada uma visão moderna do envelhecimento, da atividade e da grande mais valia das pessoas idosas para o desenvolvimento dos seus núcleos familiares e na aculturação dos mais novos na sociedade em Portugal.
Intervenções de enorme qualidade de todos os oradores fizeram as mais de duzentas e cinquenta pessoas presentes em Porto de Mós refletir, durante um dia, sobre o envelhecimento, as questões atuais e o futuro. É de facto difícil perceber-se como é que o Estado determina um custo médio de 930,00 € para cada idoso institucionalizado e depois atribua um financiamento de 380,00 €, sabendo que a grande maioria deles tem um rendimento máximo de 200,00 €. Quem suporta a diferença? Esta foi uma das questões colocadas pelo Dr. Joaquim Guardado, Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Pombal que encerrou os trabalhos em representação do Presidente da União das Misericórdias Portuguesas. Representação feita em consequência de compromissos que tiveram a ver com a situação dos Cuidados Continuados em Portugal, outro dos graves problemas abordados neste Seminário pelo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Porto de Mós, Dr. José Carlos, que referiu ter uma unidade de cuidados continuados pronta a abrir há mais de seis meses e nada estar definido para este equipamento. Foi pedida uma decisão rápida do poder central, que garanta os compromissos assumidos anteriormente em protocolo com o governo e ajude a manter a sustentabilidade e equilíbrio local da intervenção dos operadores sociais junto das populações. Invariavelmente, a não decisão ao nível central sobre a abertura deste equipamento levou o Dr. José Carlos a pedir de forma emocionada, que os políticos assumam as suas responsabilidades publicamente e perante as populações, pela não decisão atual.
Mesmo contando com o apoio e preocupação do Presidente da Câmara de Porto de Mós, Engenheiro João Salgueiro, tarda a ser resolvida a situação da unidade de cuidados continuados, tendo agora a promessa de abertura passado para o início do próximo ano.
Mas nem só de lamentações viveu o Semináriom brilhantemente organizado pelas duas entidades parceiras. Muito conhecimento, informação, reflexão e esclarecimento foi produzido pelo extraordinário painel de oradores: Dr.ª Joaquina Madeira que preside a Comissão do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e Solidariedade Intergeracional; Dr.ª Maria do Céu Mendes, em representação do Ministro da Solidariedade e Segurança Social; Engenheiro João Salgueiro, Presidente da Câmara de Porto de Mós e o Dr. José Carlos, Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Porto de Mós, que iniciou os trabalhos.
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