Descolonização em análise no ciclo de conferências
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Descolonização foi o tema do segundo encontro do Ciclo de Mesas Redondas “Democratizar, desenvolver e descolonizar”, no âmbito das Comemorações do Cinquentenário da Revolução de Abril, que aconteceu no passado dia 12 de abril, no Salão Nobre do Edifício dos Gorjões.
Sob coordenação de Luís Amado, a sessão contou com a presença de Nuno Severiano Teixeira - Professor catedrático na Universidade Nova de Lisboa, antigo Ministro da Administração Interna e antigo Ministro da Defesa Nacional – e do Almirante de Melo Gomes, antigo Chefe do Estado-Maior da Armada.
Luís Amado lançou o mote, afirmando que a descolonização foi sempre a questão chave do regime, criando no imaginário comum a ideia de que o território português se estendia além-mar, numa altura em que a pressão internacional se acentuava sobre o país para dar início ao processo de descolonização. Esse processo não se deu de forma voluntária. Apenas no decorrer da queda do Antigo Regime se iniciou o processo de independência das antigas colónias portuguesas.
Nos anos que se seguiram à revolução, parecia impossível que as relações entre Portugal e os países descolonizados pudesse ser recuperada mas numa década foi possível reconstruir as relações com os países de expressão portuguesa. A razão, segundo Luís Amado, prendeu-se com o facto de Portugal ter feito um processo de descolonização diferente de outras potências da Europa. O corte radical que se verificou, sem prejuízo de outros constrangimentos que possa ter causado às antigas colónias no seu processo de independência, não deu espaço para o neocolonialismo e a relação estável, de que hoje gozamos com os países de expressão portuguesa, advém daí, ainda que “a grande reparação”, como refere Luís Amado, vá durar algumas décadas.
Com a democratização e a posterior entrada de Portugal na União Europeia, Melo Gomes assume que a grande alteração de paradigma, depois da queda do Antigo Regime, é o foco que deixa de estar no destino africano e passa a estar no destino europeu.
Ainda numa análise mais contemporânea do tema, Nuno Severiano Teixeira sugere que reflitamos sobre a perceção que os países das antigas colónias têm sobre Portugal que poderá ser diferente daquele que é tendencialmente percecionado pelos portugueses.
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