Central despede-se da exposição “Porto de Nós – Confluências Transnacionais”
área de conteúdos (não partilhada)As comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, que iniciaram em 2022 e que se estenderão até ao final do ano de 2024, tiveram como um dos seus pontos altos a exposição “Porto de Nós – Confluências Transnacionais”.
Decorreu ontem, dia 29 de agosto, na Central das Artes, em Porto de Mós, a sessão de encerramento da exposição “Porto de Nós – Confluências Transnacionais”, com a presença de João Carlos Silva e Ricardo Barbosa Vicente, curadores da exposição, Maria Inácia Rezola, comissária executiva da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril, entre vários artistas.
Com peças de 45 artistas, espelhando a cultura de sete países – Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste - a exposição teve curadoria de João Carlos Silva e de Ricardo Barbosa Vicente, tendo registado mais de mil visitantes.
Volvidos quase 5 meses desde o início da exposição, a 12 de abril, este foi um encontro artístico inédito em Porto de Mós, aclamado pela crítica e, como o próprio 25 de abril, um rasgo de audácia, por parte do executivo municipal e da comissão de honra das comemorações, liderada por Luís Amado.
Esta exposição fez-se soar em diferentes cantos do mundo, e trouxe a Porto de Mós um pouco da cultura e história destes países, nomeadamente Angola, Cabo Verde e Guiné-Bissau, cujos corpos diplomáticos estiveram presentes em Porto de Mós, com manifestações artísticas e culturais diversas, acompanhadas pela visita guiada à exposição pela voz dos artistas oriundos desses países.
Na sua intervenção, João Carlos Silva elogiou a coragem do executivo na realização da exposição com maior expressão em Portugal, no âmbito do cinquentenário da revolução, referindo que o seu objetivo foi reforçar os laços entre os países de expressão portuguesa que viveram juntos momentos decisivos da sua história, relembrando que a busca pela liberdade também contou com o contributo dos movimentos de libertação.
Maria Inácia Rezola fez questão de referir que as celebrações de Abril emergiram por todo o país mas Porto de Mós foi pioneiro na duração do programa e nas atividades desenvolvidas, com especial destaque para os ciclos de conferências, a exposição que agora encerra e a obra das comemorações, cujo segundo volume será lançado no final do ano. A comissária deixou, ainda, o alerta para que a celebração de Abril não termine em 2024, e que se prolongue no tempo, destacando a data das primeiras eleições livres e a data das primeiras eleições autárquicas.
Finalmente, Jorge Vala fez uma resenha do programa trienal das celebrações, destacando a importância das ações que tocaram, de forma particular, a camada mais jovem da população, alertando para a importância dos jovens contribuírem para a preservação dos valores democráticos.
O autarca encerrou afirmando que Porto de Mós celebrou Abril sem embaraços de qualquer ordem, escolhendo encerrar as comemorações invocando uma das suas heranças mais importantes, que foi o fim da guerra, a independência dos países africanos e a gradual normalização das relações de Portugal com estes países, nos últimos 50 anos.