'Fórum Lugar e História: O Castelo' abordou a intervenção do Conde de Ourém no Castelo transformando-o em Residência Senhorial
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Baseada no trabalho de investigação que fez sobre o Castelo de Porto de Mós no âmbito do seu mestrado em História da Arte, a arquiteta Alexandra Barradas, historiadora independente, trouxe à quarta sessão do “Fórum Lugar e História: o Castelo”, que se realizou no auditório José Gomes no dia 12 de abril, o seu olhar sobre as obras realizadas por D. Dinis e D. Afonso, 4º Conde de Ourém, responsáveis pela transformação do Castelo em Paço senhorial.
Perante uma plateia atenta, Alexandra Leal traçou os antecedentes da doação do Castelo ao conde de Ourém, neto de D. Nuno Álvares Pereira, e atribuiu o interesse do Conde na conservação do Castelo ao seu valor simbólico relacionado com a Batalha de Aljubarrota na qual o seu avô, e doador, foi herói - “Porto de Mós era a origem daquilo que o conde de Ourém era. Se não tivesse havido Aljubarrota, se não fosse neto de D. Nuno Álvares Pereira, o Conde de Ourém não estaria ali”.
Partindo de alguns indícios arquitetónicos ainda visíveis no Castelo e semelhantes a outros encontrados no Castelo de Ourém, a palestrante invocou a vida e obra do D. Afonso, 4º Conde de Ourém, relatou as suas viagens ao estrangeiro e construiu um itinerário coerente, ilustrado por múltiplos exemplos documentados noutros contextos geográficos e culturais, para regressar ao Castelo de Porto de Mós com a justificação da autoria das obras de conversão que lhe mudaram o aspeto. A função militar teria sido aligeirada para dar lugar a residência ou paço senhorial. Foi feita uma reorganização espacial do recinto interior “onde existiria apenas a cisterna”. Foram construídos três corpos que absorveram as torres, construído um pátio interior que vinha direto da entrada, com lugar para guardar os animais e acesso à área senhorial. Haveria, certamente, um percurso autónomo para a guarnição militar separado da zona residencial. A sul (parte traseira do Castelo) foi feita uma varanda panorâmica com uma escada direta ao pátio.
Alexandra Barradas falou depois dos elementos decorativos ou simbólicos que podem ser encontrados na estrutura do Castelo dos quais sobressai uma escultura brasonada, imagem de marca do Conde de Ourém.
No final da sessão seguiu-se a já tradicional visita de campo ao Castelo onde os participantes puderam ver, explorar e debater a história ilustrada naquelas paredes como quem tenta captar o espírito do Conde de Ourém quando mandou construir ali um paço senhorial...
A última sessão deste fórum está marcada para o próximo dia 26 de abril, com João Pedro Féteira, do Mosteiro da Batalha, que abordará a grande intervenção no Castelo feita pela DGEMN (Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais).
JG
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