Patrimónios Online - Arquiteturas da água II

As arquiteturas da água assumem, em Porto de Mós, uma diversidade tipológica ampla. Aqui, onde o carso impôs a circulação hídrica subterrânea em larga parte do concelho, as cisternas sempre tiveram um papel fundamental.
Algumas das formas construtivas mais elaboradas são ainda suscetíveis de serem encontradas em quintais e nas bermas de estradas que, em outros tempos, assumiram um papel de primeiro plano na circulação de pessoas e bens. Moradores, estalagens e albergarias não dispensavam as suas cisternas.
Nas Pedreiras, num quintal outrora propriedade de Armindo Vieira, é possível admirar um exemplar de cisterna de estrutura exterior abobadada por onde escorriam as águas pluviais. Na base da abóbada, um canalete define o perímetro da construção, fazendo desaguar as águas no interior, um imenso tanque hermetizado. Esta cisterna, em bom estado de conservação, servia as necessidades domésticas e da vizinhança. Data dos anos 30 do século XX e reproduz uma tipologia multissecular ainda bem presente no nosso território.