Peça do Mês de Abril
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Designação: Cravo, símbolo da crucificação de Jesus Cristo, benzido pelo Papa Leão XIII
Proveniência: Roma
Dimensões (cm): Alt.12,5; diâm. 3,5
Datação: 1900
Material: Ferro
Doadora: Maria Helena
Historial: Pertenceu ao tio da doadora, Reverendo Padre Henrique Antunes Fernandes, natural do Olival, concelho de Ourém. Foi pároco na Freguesia do Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, de 23-08-1936 a 15-11-1950.
N.º de Inventário: 1031
Abril é, normalmente, o mês que associamos à Páscoa, uma festa religiosa cristã, com uma simbologia de renovação a que não será alheia a própria Primavera. Como peça do mês escolhemos apresentar o cravo (prego), objecto que está intimamente associado a esta Festa religiosa da Páscoa. Este cravo alberga todo um simbolismo que nos reporta a um cenário de passagem bíblica da Semana Santa. Principalmente reporta-nos à Sexta-feira Santa ou Sexta-Feira de Paixão, que evoca a crucificação e morte de Cristo, cravado na Cruz no Calvário. Páscoa ou Domingo da Ressurreição, a festa que celebra a ressurreição de Jesus Cristo ao terceiro dia, numa evocação religiosa que assegura que a sua morte teve como objectivo libertar a Humanidade do pecado. Sejamos crentes ou não, o papel da Religião é inegável na construção da História, pelo que é fundamental o conhecimento que nos é transmitido pela observação de testemunhos que marcam crenças ou vivências do passado. Só assim podemos conhecer melhor o presente e poderemos transmitir esse conhecimento no futuro. A escolha do cravo para este mês de abril pode, no entanto.ser de dupla leitura. Por um lado, existe este objecto, como representativo de um dos cravos da cravação de Cristo. Por outro lado, não podemos deixar de fazer referência a um dos seus homónimos: os cravos, tão marcantes para nós portugueses, Graças à “Revolução dos Cravos”. Este Dia da Liberdade, que celebra quarenta e sete anos no próximo dia 25, reporta à memória as vozes do descontentamento dos cidadãos portugueses, privados de verdadeira Liberdade. Vozes que se fizeram ouvir e propagaram a suaforça. Fartos de censuras, ciosos de liberdade de expressão, os portugueses, à boleia do golpe militar, conduziram ao fim do regime do Estado Novo e tornaram Portugal um País democrático. Um País onde o cidadão pode ter uma voz ativa na construção da sociedade.
Museu Municipal de Porto de Mós